segunda-feira, 23 de maio de 2011

José de Alencar


Escritor, político e advogado, José Martiniano de Alencar nasceu a 1º de maio de 1829 no Ceará e morreu de tuberculose aos 48 anos no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1877. Fez curso de Humanidades no RJ e formou-se em Direito em SP, onde foi colega de aula de Álvares de Azevedo e Bernardo Guimarães. Foi ministro da Justiça (1868-1870) e Senador do Império. Um de seus descendentes foi o Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. É considerado o maior escritor romântico brasileiro, tendo criado obras regionalistas, sociais e indianistas. Neste último estilo, que criou junto com Gonçalves Dias, enquadra-se O Guarani, que inspirou a célebre ópera de Carlos Gomes. Alencar foi também poeta e teatrólogo. Entre seus maiores romances estão O Guarani, Ubirajara, Iracema, Senhora, A Pata da Gazela, Diva, Lucíola, As Minas de Prata, A Viuvinha, Cinco Minutos, Til, O Gaúcho, O Sertanejo, Encarnação, Sonhos d'Ouro e O Tronco do Ipê.

Foi o consolidador do romance, um ficcionista que cai no gosto popular. Sua obra é um retrato fiel de suas posições políticas e sociais: grande proprietário rural, político conservador, monarquista, escravocrata, burguês. Pode-se perceber o medievalismo no personagem de O Guarani, Peri (bom selvagem) que deveria respeitar a realidade social de que ao senhor de tudo deve-se obediência, respeito e lealdade.

Defende o “casamento” entre o nativo e o colonizador numa troca de favores (temática presente em O Guarani - Ceci e família e Peri e em Iracema com Moacir, filho de Iracema e Martim. Tudo isso traduzido numa linguagem coloquial, diálogos bem feitos por sua formação de professor de Português.

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